
Quando escolhemos o nome para a exposição que está a decorrer no Museu dos Biscainhos, em Braga, pensamos que não poderia ter sido noutro sítio. Pois o passado e o futuro andam de mãos dadas. Naquele espaço, perpetuado ao longo dos séculos, todo espólio representa a nossa história, o nosso passado que se for bem cuidado pode viver eternamente. Se pensarmos bem até nós podemos viver eternamente se espalharmos boas memórias, se deixarmos no futuro sementes lançadas num passado que traga boas recordações.
Tudo se resume a cuidar, a amar, a prestar atenção, a cuidar. Costuma-se dizer que o pior cego, é aquele que não quer ver. Digo isto pois acho que não queremos ver o que está a acontecer ao planeta. Estamos cegos pelo consumo, pelo ter e não pelo ser. O grande desafio para as futuras gerações será a reconciliação com a natureza. Voltar a sentir a brisa fresca do mar, o cheiro da maresia ou a belíssima luz de um pôr do sol.
O passado poderá ter um futuro brilhante, luminoso e verde. É o que pretendemos demonstrar com esta singela exposição que se encontra no belíssimo Museu dos Biscainhos. O casamento entre dois mundos tão diferentes mostra a capacidade de inovar e criar pontes entre o passado o futuro.
Abram os olhos do coração e sintam o pulsar da terra. Sintam o que ela nos está a tentar dizer. O que acontece com a terra acontece a todos nós. Não fechem os olhos. Façam a diferença num mundo que não sou eu, ou tu… somos todos. A responsabilidade não é só minha ou tua… é de todos.
Assim neste fim de semana façam uma viagem ao passado com os olhos postos no futuro. Pensem que tudo aquilo que acontece na terra acontece connosco. Aproveitem e visitem a viagem Ao Passado do Futuro.
Boas viagens transformadoras.